Entidades financeiras são contra matéria que pretende estabelecer taxa para o rotativo.  

Por Beatriz Rodrigues | NG3 

Já está em trâmite e pronto para ser debatido na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que prevê limitar juros do cartão de crédito ao entrar no rotativo, mesmo com resistência de entidades financeiras como a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). 

A reportagem publicada pelo Valor Econômico, mostrou que a taxa de juros cobrada por bancos no rotativo do cartão de crédito chega a 455% ao ano, esse é o maior patamar em 6 anos. A inadimplência de pessoas físicas no rotativo atingiu 54%, maior patamar da série histórica do Banco Central (BACEN) iniciada em março de 2011.  

O que dizem os bancos 

Em teleconferência de resultados, o presidente do banco Itaú Unibanco, Milton Maluhy, disse; “A gente fala do juros do rotativo 400%, o rotativo de cartão na carteira de pessoa física do sistema financeiro nacional representa 3% do saldo, nenhum cliente fica 12 meses naquela taxa, a própria regulação do Banco Central define que em até 30 dias você tem que oferecer algo melhor, [como] menor prazo e melhores condições. O cliente no rotativo fica em média 18 dias, o que mostra uma taxa virtual, ele é anualizado, mas não é uma taxa real praticada. 75% da carteira de cartão não paga juros, 25% pagam, em outros países a relação é inversa 75% pagam juros, e 25% não pagam”.  

Segundo o presidente do banco, as instituições buscam um equilíbrio estável no tema de cartões; “A gente precisa construir uma relação que seja boa para todos, esse é o norte a gente tem conseguido, tivemos boas conversas, vamos trabalhar para entregar uma proposta sólida para o Banco Central, Ministério da fazendo e Congresso”.  

Falta de planejamento financeiro 

O limite de juros advindos do setor bancário como cartões de crédito podem variar de acordo com a determinação do BACEN. O justo é pagar o que correntista pegou emprestado, a falta de um planejamento financeiro ao tomar crédito pode fazer com que correntistas paguem apenas o valor mínimo da fatura entrando assim no rotativo.  

A melhor saída é sempre um dialogo com a instituição financeira, e tentar pagar o máximo possível do valor pedido. A falta de um planejamento financeiro de correntistas antes de tomar crédito é a causa do endividamento, as pessoas acabam entrando na inadimplência sem saber se podem honrar com o compromisso da dívida.  

O importante é se comprometer financeiramente com aquilo que no final do mês terá condições de pagar, e principalmente usar o cartão de crédito de forma consciente é fundamental.  

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