Banco opera com carteiras de menor spread para maior sustentação

O balanço apresentou plano de recuperação, deterioração da margem, e queda na inadimplência. Confira os resultados do 1T24 do Bradesco.

Por Beatriz Rodrigues | NG3

Na última teleconferência de resultados para analistas e investidores, o executivo, e novo presidente da instituição financeira, Marcelo Noronha, apresentou os números do último trimestre de 2024. Com lucro líquido de 4,2 Bilhões apresentando queda no comparativo ano a ano, e Índice de Basileia Nível 1 em 12,7%.

A Carteira de Crédito ficou em 889,9 bilhões, crescimento de 1,4% no trimestre, na pessoa física, o destaque foi para a queda de cartões de crédito na baixa renda, crédito pessoal, e veículos, linhas que geram mais spread ao banco. Já na Pessoa Jurídica o banco de atacado de pequenas e médias empresas apresenta um crescimento de 1,1%.

O aumento maior foi em linha com maior sustentação como consignado, imobiliário, crédito rural, seguros, e previdência com margens menores. “A gente cresce em carteira que são mais seguras, [para termos] equilíbrio, e garantia. Isso explica porque a gente não acelerou tanto em margem financeira, a carteira de crédito anda na frente da margem”, disse o executivo durante teleconferência.

Queda da margem e melhora da inadimplência

O demonstrativo apresentou um índice de cobertura estável, controle de despesas operacionais devido a cobranças, melhora nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) no massificado e atacado, NPL (empréstimos improváveis) com 100% de provisão, e over 90 controlado em todas as linhas.

Questionado sobre a segurança em manter o guidance das carteiras mesmo com a queda na margem, e baixa originação do spread, o presidente respondeu; “Em relação ao atacado o spread sempre foi pressionado aqui a gente trabalha com Retorno ajustado ao Risco (RAR), se a gente mantém um RAR adequado, e um bom relacionamento [com cliente], ele é feito”.

O executivo afirmou que a margem não é feita só do spread; “A receita não vem só da margem. Hoje o mercado não oferece muita margem para colocar [spread] na carteira, por isso o atacado oscila. Para crescer a margem com cliente a gente vai crescer o atacado que se soma”.

Plano de recuperação

Durante a apresentação de resultados, Marcelo Noronha, explicou a analistas o motivo da queda nas safras do massificado que se deve aos desafios do custo de servir, e inadimplência nesse segmento. “A gente está pagando essa conta, a gente está sendo mais conservador, a gente está fazendo tudo bem controlado, tem linha que a gente não cresce tanto por conta do risco. A gente anda com a carteira de crédito na frente da margem”.

O presidente esclareceu ainda como o que banco irá implementar o plano de recuperação com uso de tecnologia, foco na alta renda prime, e atacado da pessoa jurídica. “Vamos entrar cada vez mais em produtos que tenha um pouco mais de risco, a gente não vai entregar inadimplência, a gente está fazendo produtos que tenham maior margem”.

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