Santander confirma crescimento qualificado da carteira em até 15 dias, mas ainda há uma alta em devedores acima dos 90 dias.
Por Beatriz Rodrigues | NG3
Na última teleconferência de resultados referente ao 2º trimestre do ano, o diretor financeiro do Santander, Gustavo Alejo, confirmou prejuízo de 2,6 bilhões com inadimplência acima dos 90 dias de pessoa física; “Uma parte da carteira está em prejuízo, outra parte influencia um pouco no 15 a 90 [dias], sendo uma parte da carteira está em prejuízo nesse 2,6 bilhões de reais”.
Para recuperar a carteira de crédito o diretor financeiro diz que o banco aposta na venda efetiva da carteira, e busca maior seletividade de clientes, e não correntistas “mar aberto”.
Gastos com Provisões
Em relação a carteira, a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), foi revertida pelo banco. Só no 1º trimestre foram gastos 1,45 bilhões com PDD, segundo Gustavo Alejo, essa provisão para devedores foi baseada em conservadorismo depois da tese revertida do PIS e CONFINS que o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu a favor da União. “O extraordinário positivo que poderíamos ter fluido pelo resultado, decidimos não fluir pelo resultado e parte dessa provisão foi constituída de forma genérica, exatamente os 1,45 bilhões”.
O banco confirma ter feito o 1º trimestre por conservadorismos, “olhamos os 3 meses depois a performance contínua das nossas carteiras novas e também da nossa capacidade de recuperar as carteiras mais antigas. A performance das carteiras fundamentalmente está melhor, então se estivesse com uma visão mais pessimista com relação ao portfólio seja performance das safras novas, seja o mix da representatividade de novas [safras] em relação ao todo, poderíamos ter segurado por mais tempo”.
Reduzir a carteira para novas safras
O diretor financeiro afirma que os gastos com a PDD já eram esperados; “A gente está contente com os resultados, a queda do orgânico de 12%, a gente olha a PDD orgânica do 1º trimestre contra o 2º trimestre cair 12% é pra gente também um dado importante que se associa aos dados sim dos 90, e por mais que o over 90 tenha sim deteriorado na nossa visão ele é parte de um comportamento associado as safras antigas”.
Questionado por um analista sobre a redução da carteira, Gustavo Alejo, diz que o banco está tentando acordos para reduzir; “É um ponto que o mercado nos pergunta todos os trimestres corretamente, e a gente está buscando comprimir essa carteira para ter cada vez mais representações da atividade das novas safras do nosso portfólio”.
Segundo o direito do banco, as provisões de 1,45 bilhão no 1º trimestre, foi uma PDD genérica, foi apenas um conservadorismo, que levou a conclusão que não seria mais necessária uma cobertura adicional; “Achamos correto, uma vez que o ordinário gerou esse overlay no 1ª trimestre em parte foi reconstituído agora, estamos corretos e intelectualmente correto de fazer a reconstituição agora fluindo para o resultado”, completa o diretor financeiro.
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