Banco aposta em cross selling para trabalhar com baixa renda 

Para melhorar a rentabilidade a instituição irá investir na gama de produtos com varejo.  

Por Beatriz Rodrigues | NG3

Em teleconferência de resultados, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, afirmou que o banco pretende trabalhar cross selling (venda casada).  “Não quero antecipar o que a gente ainda não entregou, mas estou convencido, isso vai abrir uma avenida de crescimento para os nossos segmentos de forma muito importante”.  

Para operar com a baixa renda a aposta é em agência, e plataformas de tecnologia para ter taxas adequadas; “Há um custo de servir esse segmento, controlar a inadimplência, trazer rentabilidade, e crescer com qualidade nesse público ao mesmo tempo que oferta crédito”.

Segundo o presidente do banco, vários desses clientes de baixa renda não passam em critérios de crédito; “Não há eficiência que justifique trabalhar com esse cliente, custo de servir é alto para clientes que não têm capacidade, são clientes que operam no crédito com índice de inadimplência muito alto, pelo crédito ele não contribui para operação”.  

A aposta maior é na média e alta renda, segmento que gerou 120 bilhões na carteira de cartões; “O Personalité e Uniclass crescem com bastante qualidade, com esses clientes vai vim muito crescimento ainda”. 

Provisionamento com a baixa renda 

As carteiras de cartões e veículos com a baixa renda caíram 5% e 6% no trimestre, já a carteira com micro e pequena empresas tiveram resultado positivo. Mesmo com a queda da carteira, os atrasos e renegociação estão controlados, segundo o balanço.  

Na carteira com a alta renda, o mix é para melhorar e  salvar o NPL; “Portfólio onde decidimos não parar de crescer de dois segmentos de média e alta renda, é Uniclass e Personalité. Performance maior em ajuste de carteira, o que tem salvado o banco no processo de NPL”. 

Milton Maluhy afirmou a analistas, que a margem financeira é ajustada pelo custo de serve para ver se as operações estão criando valor ao capital do acionista, e disse que a cobrança é fundamental para recuperar o caixa. “Renegociamos no preço certo, para aquele cliente que não tem condições, a gente prefere entrar em uma régua de cobrança”. 

Com o índice de cobertura e eficiência, a instituição afirma ter uma carteira saudável; “Posso garantir que as provisões sejam especificas ou genéricas. São carteiras bem protegidas e provisionadas, não vemos efeito relevante no NPL “. 

Milton Maluhy, explica que no portfólio do atacado o provisionamento é ainda maior; “É discutido nome por nome no Comitê de Crédito, aplicada a taxa para cada cliente, e essa taxa define o nível de provisões que temos que fazer, então em grande parte, clientes têm 70% de provisão. Vou dar um exemplo, a Americanas é um nome público, a gente tem 100% de provisionamento”.  

Política de ajuste  

A margem financeira com o cliente teve um crescimento de 7 milhões no trimestre, considerado estável pelo banco. A revisão feita pela instituição propõe redução na alocação de capital para o varejo deixando a margem sem efeito. Já margem com mercado fechou o trimestre em 1 bilhão, operações de seguros do varejo garantiram maior rentabilidade. 

Com o ciclo de redução na taxa juros, há expectativa de pagar mais de dividendos aos seus acionistas. O foco é a queda do custo de capital que está relacionado com o ROI (Retorno Sobre Investimento); “O que a gente olha é um delta ROI contra custo de capital que é criação de valor, e é isso que a gente vai continuar entregando na nossa melhor expectativa para 2024”, prevê. 

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