Com a baixa de 0,5 na taxa básica de juros, correntistas veem oportunidade de negociar débitos com as instituições financeiras.
Por Beatriz Rodrigues | NG3
Em sua última reunião no dia (1), em Brasília, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BACEN), reduziu novamente a taxa básica de juros em 0,5. Depois de 3 anos em alta na tentativa de frear a inflação, a Selic está em 12,25%. Mesmo não tendo efeito imediato a Selic dá rumo às alíquotas de juros, e estabelece taxas cobradas por instituições financeiras.
Segundo reportagem publicada pelo Valor Econômico, a Selic pode fazer a diferença em taxas altas de financiamentos feitos junto ao banco, empréstimos e rotativo do cartão de crédito. Há um deslocamento grande entre a Selic e as taxas de juros cobradas por bancos, atingindo 126,26% ao ano, tendo uma variação maior que 800%, aponta a matéria.
A redução contribui para que correntistas negociem seus débitos com as instituições financeiras, o cenário é propício para negociação de dívidas com os bancos, inclusive alguns bancos já anunciaram que irão reduzir suas taxas de juros após reunião do Copom.
Os bancos devem seguir a alíquota estipulada pelo BACEN ao cobrar juros, tendo em vista que as instituições financeiras devem seguir a taxa aplicada no mercado, se essa taxa for maior do que a que, em tese, deveria ter sido aplicada, é um direito do cliente rever o contrato.
O corte da Selic favorece correntistas a negociarem com instituições, quando o cliente oferece um valor de entrada na renegociação da dívida, mostra a vontade de pagar e trará confiança para o banco. Assim, é possível conseguir uma boa proposta de quitação, por um valor menor do que o acordado.
Para manter os gastos sob controle e evitar dívida com valores exorbitantes com os bancos, o ideal é estipular um teto máximo de gastos, de acordo com os rendimentos, é fundamental, sendo este o valor máximo que a fatura deverá chegar no final do mês.
O maior ofensor da carteira de crédito
Em teleconferência de resultado, o presidente do banco Itaú Unibanco, Milton Maluhy, disse; “O portfólio que mais ofendeu o balanço do banco foi o portfólio de cartão de crédito. Esse cliente agrega pouco valor no resultado do RGO lucratividade, redução da contribuição desses clientes para o banco, um detrator para o ROE”.
O presidente do banco destaca um cenário desafiador não só para cartões, mas para veículo e outros negócios; “A gente viu uma redução da contribuição desses clientes para os bancos, para a rentabilidade que ele passa a ser um ofensor. Apesar disso a gente foi capaz de absorver esses resultados no balanço”.
Milton Maluhy, vê a inadimplência de correntistas como uma oportunidade de trazer engajamento, com intuito de se torna o principal banco do cliente, e não o banco acessório; “O banco acessório onde se tem um efeito em cartão de crédito em termo de morte súbita, você tem um cliente que usa o cartão até o dia em que ele não consegue pagar, ele põe o cartão na gaveta e vai usar outros cartões que ele tem”.
Segundo o CEO do banco, a relação e o engajamento que cliente tem com a organização faz uma diferença enorme; ”Se você é o banco onde ele centraliza a principalidade, onde ele tem o dia a dia, onde se tem mecanismo até de débito em conta, se você tem uma relação mais integrada e completa com cliente. Você também se beneficia do custo do crédito, tende a ser o último banco em que ele não vai fazer o último pagamento, ele tende a preservar dentro do possível, claro que a renda do cliente é a renda do cliente, mas ele tende a preservar a relação com banco em que ele tem a principalidade”, diz o presidente do Itaú Unibanco em teleconferência de resultados.
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